Um desses episódios aconteceu há duas semanas, na Carolina do Norte, reportou no último sábado o site do jornal The News & Observer.
Yvette Spivock comprou na biblioteca regional um exemplar de Batman Confidential # 18 (agosto de 2008), presenteado a seu filho Bryston, de 12 anos.
Foi quando viu que a história Infinity claws, escrita por Fabian Nicieza e desenhada por Kevin Maguire, mostrava o que ela definiu radicalmente como pornografia.
A aventura, protagonizada por Batgirl (Barbara Gordon) e Mulher-Gato, envolve o fictício Clube Hedonista de Gotham City e desfila em muitas páginas uma galeria de homens e mulheres nus, alguns dos quais em sugeridas poses e gestos lânguidos - ao gosto de quem deseja entender assim.
Batgirl e Mulher-Gato também aparecem sem roupa, trajando apenas as máscaras dos respectivos uniformes, e a certa altura da trama chegam a duelar nuas.
Nada é explicitamente mostrado na HQ. O que há para ser escondido é sutil e devidamente coberto por um ou outro elemento do cenário, estrategicamente desenhado para esse fim.
Mas como nada disso parece ter atenuado o impacto sofrido por Yvette Spivock, a preocupada mãe iniciou uma cruzada em que alerta aos pais ser preciso tomar "cuidado com a nudez dos super-heróis" nos quadrinhos.
Vários jornais norte-americanos deram espaço às reclamações, talvez certos da atenção que a palavra pornografia costuma suscitar nos leitores.
De acordo com o Charlotte Observer, a DC Comics se pronunciou afirmando que Batman Confidential é uma série voltada para o público a partir de 16 anos e não indicado para crianças, a quem a editora dedica outros títulos.
A família Spivock rebateu argumentando que a DC deveria informar em suas publicações a existência de conteúdo potencialmente ofensivo.
Se os quadrinhos de super-heróis não são mais feitos para crianças, como muitos argumentam, esqueceram de avisar isso aos pais ou a mudança aconteceu tão rápido que não houve tempo para absorvê-la.
A corroborar a afirmação, Yvette Spivock disse que, para ela, os gibis, particularmente os do Batman, são para crianças. Por isso, não teria pensado em conferir aquela revista antes de entregá-la ao filho, revelou ao CO.
Enquanto isso, por meio de um porta-voz, a biblioteca de onde partiu o exemplar do gibi polêmico pediu desculpas públicas e formais, oferecendo à família o reembolso do dinheiro pago na compra da revista.
Fonte UniversoHq.
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