US$ 317,2 mil dólares foi quanto custou a primeira revistinha do Supermen.

Terminou nesse sábado um dos mais concorridos leilões por uma revista em quadrinhos. O site Comic Connect colocou em oferta a partir de US$ 1, a revista em quadrinhos americana onde o Superman apareceu pela primeira vez, a Action Comics nº 1 de julho de 1939.

O leilão durou um pouco mais de uma semana e a revita já tinha alcançado a quantia de US$ 277.300 mil dólares. No total, foram feitos 89 lances e o "sortudo" arrematou uma das ou a mais valiosa hq do mundo por nada menos que US$ 317,2 mil dólares (R$ 730 mil) e seu nome não foi revelado.

O nome do proprietário que colocou a revista à leilão não foi mesmo revelado mas ele teria comprado a revista por US$ 0,35 em 1950 e quando percebeu o que tinha em mãos, guardou por 58 anos. Segundo informações, deve ser um dos 100 exemplares em boas condições e que pode chega a quantia de US$ 126 mil segundo colecionadores.

A hq foi lançada ao preço de US$ 0,10, em 1938, e a capa, uma das mais icónicas traz o Super-Homem com sua capa vermelha, roupa azul e o "S" no peito originais arremessando um carro, diante de pessoas atônitas que foi homenageada no filme Superman Returns de 2006 - do diretor Bryan Singer.



Talvez, mesmo em seus momentos mais otimistas os jovens Jerry Siegel e Joe Shuster não tenham imaginado que sua criação poderia chegar a patamares nunca antes alcançados. O herói nascido em Krypton é um dos maiores ícones da cultura pop mundial e acredito eu não haver ninguém no mundo que tenha acesso mínimo a mídia seja ela apenas televisiva, jrnal ou de rádio que não tenha ouvido falar ou conheçar o Superman.

O que não podemos falar de DC (antiga National Comics) que comprou os direitos vitálicios do personagens por meros US$ 130,00 dólares. Devido ao enorme sucesso da Action Comics nº 1 e do Superman, Jerry Siegel e Joe Shuster tentaram obter os direitos do seu personagem de volta e em 1948, a dupla recebeu a quantia de 94 mil dólares mesmo com os direitos Superman ainda nas mãos da National Comics. Depois que sairam da editora, os dois passaram por muitas dificuldades de saúde e principalmente financeiras e recorreram novamente a justiça onde em 1975, a DC Comics teve que pagar a Siegel e Shuster a quantia anual de 20 mil dólares, que logo foi aumentada para 30 mil dólares.

Depois do falecimento da dupla seu familiares ainda lutaram na tentativa de reaver o maior patrinônio da familia e no dia 26 de março de 2008 o juiz americano Stephen Larson deu ganho de causa à Joanne Siegel (esposa de Jerry Siegel) e Laura Siegel Larson (filha de Siegel). Elas agora são detentoras dos direitos sobre o material do Super-Homem publicados em Action Comics #1 de 1938.

A decisão do juiz se refere aos direitos nacionais do personagem, deixando ainda os direitos internacionais nas mãos da Timer Warner proprietária da Dc comics. Segundo fontes, em as novas leis, 2013, Mark Peary, o herdeiro de Joe Shuster, pode conseguir reverter o copyright de sua parte. Por lei, a mesma oportunidade garantida aos Siegels ocorrerá 75 anos após a data inicial, ou seja, em 2013 (1938 + 75). A atual decisão reforça esta possibilidade da reversão. Se isso ocorrer, a DC Comics não poderá publicar nenhum material do Super-Homem sem aprovação das duas famílias.

Caso a família Shuster também consiga reverter o copyright, as famílias dos autores do Superman ficariam com os direitos autorais até 2033, quando pela lei americana, expira o copyright, se o prazo não for prolongado pelo congresso (e existe muita pressão de companhias como a Disney, por exemplo, para que isso aconteça).

Essa decisão com certeza ainda terá muitas repercuções, indas e vindas aos tribunais americanos mas com certeza já é bastante significativa para Joanne Siegel que durante anos lutou pelo sonho do seu marido em ter os direitos do Superman de volta.

Jerry Siegel faleceu em 28 de janeiro de 1996, e Joe Shuster morreu em 30 de julho de 1992.

Fonte Internet.